Letra e Música: Carlos Maria Trindade
Os teus olhos são vitrais
Que mudam de côr com o céu
E quando sorriem iguais
Quem muda de cor sou eu
Tomara teus olhos vissem
O amor que tenho por ti
Nem o entardecer me acalma
Na ânsia de te ter aqui
E o teu perfume, o incenso
Os ecos de uma oração
Misturam-se num esboço imenso
Apagam-se na solidão
Fui para um templo de pedra
Escolhi um local isolado
Que me faça esquecer tua voz
Esquecer-me da tua voz
Que me faça acordar do passado
Escondida em sítio sagrado
E não me apetece o perdão
Devo estar enfeitiçada
Náufrago do coração
E o teu perfume, o incenso
Os ecos de uma oração
Misturam-se num esboço imenso
Apagam-se na solidão
Não sei se perdoo o meu Fado
Não sei se consigo enfim
Um dia esquecer que teus olhos
Sorriem mas não para mim